Nakawe Tecidos Tingidos
O processo de elaboração dos tecidos tingidos e estampados utilizado no atelier Nakawe vem principalmente do ato de observar. Perceber os detalhes é uma escolha e contemplar aquilo que está sendo visto também é uma forma de arte. Estudar com os olhos é essencial para a apreensão das formas e das estampas que desdobramos delas. Por isso, examinar os ladrilhos de casas antigas, as louças, os tapetes e especialmente os tecidos, faz parte do trabalho desde o primeiro momento. E a natureza está incessantemente conectada a esse processo. O atelier foi criado muito próximo à floresta, exposto ao céu imenso com suas variações de cores. A estamparia do mundo virou um grande e infinito livro de amostras.
A artista Claudia Mattos explica o seu processo nos Atelier de Tecidos Tingidos e Estampados
– Imagino estampas e vou recortando umas das outras, numa espécie de música de diferentes ritmos e vibrações até chegar à harmonia. Uso como instrumento
carimbos de borracha que eu mesmo confecciono e tecidos tingidos também por mim, – numa infindável paleta de cores. E depois os pincéis e as tintas produzem as interferências e a harmonia final.
O resultado são painéis e outros utilitários como capas de almofadas, futons, lanternas, echarpes, jogos, caminhos de mesa e o que mais puder ser inventado. Nos últimos anos também começaram a ser desenvolvidas peças de elaboração muito mais lenta, inteiramente costuradas a mão, onde o tempo também é matéria, junto às rendas, organzas e bordados. Sempre buscando as possibilidades da estampa, mesmo na textura.